10.2.08

Evidentemente

Pode até parecer mais do mesmo. Mas não é. Talvez por viver o Amor com tanta intensidade, acabei vivendo o sofrimento também com a mesma intensidade. Faz parte do equilíbrio. O que não nos mata torna-nos mais fortes, já dizia Nietzsche. Ele devia saber do que falava. Quanto a mim, também só falo do que sei. E afirmo que, se não morri desta, tão cedo não me vou. Qual o objectivo de andar por cá? Não faço ideia. E no entanto, sinto que estou lentamente regressando à vida. Ligeiramente acima do nível, consigo ter uma perspectiva mais ampla desta realidade e um pequeno vislumbre da verdade. E, efectivamente, concluo que tudo se resume a uma questão de perspectivas.

“Que embora o brilho que foi uma vez tão brilhante
Não seja para sempre tomado da minha vista,
Embora nada possa devolver a hora
Do esplendor na relva, da glória na flor;
Pena não tenho, por quanto encontre,
A força no que permanece no passado,
Na compaixão primitiva
Do que foi e deve existir,
Nos pensamentos suaves que provêem
Do sofrimento Humano,
Na fé que examina a morte
Em anos que trazem a mente filosófica.”


Tradução livre de um poema de William Woodsworth

2 comentários:

Helena disse...

só quem muito ama, muito sofre...

Bjs
Druiel

whitesatin disse...

Pois Druiel, daí o título "evidentemente" :)

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