29.3.08
Head over heels
olhares.com
De tão distraída que ando com a vida acontecendo lá fora nem reparo na vida acontecendo em mim também.
Efectivamente, gosto da Primavera.
21.3.08
18.3.08
11.3.08
POR VEZES
“E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
Nunca mais são os mesmos e por vezes
Encontramos de nós em poucos meses
O que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
Ao tomarmos o gosto aos oceanos
Só o sarro das noites não dos meses
Lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
Num segundo se envolam tantos anos.”
David Mourão-Ferreira
(...)
A lua gravita à tua volta
Mas as estações do ano não passam por ti
Não, eu nunca fui capaz de mentir
No entanto tu mentiste-me todos estes anos
Porquê?
Porque reajes com essa estúpida indiferença?
Porquê?
Tu sabes que eu tenho razão
Por que desisto?
Dói e eu não consigo recordar-me da luz do sol
Não consigo concertar o que tu quebraste.
Tu tens sempre uma razão
E eu tenho outra vez esta sensação
As folhas mudaram de cor
E está sendo demasiado
Sim, é demasiado tarde
Para recomeçar novamente.
É um Inverno permanente para nós.
Mas as estações do ano não passam por ti
Não, eu nunca fui capaz de mentir
No entanto tu mentiste-me todos estes anos
Porquê?
Porque reajes com essa estúpida indiferença?
Porquê?
Tu sabes que eu tenho razão
Por que desisto?
Dói e eu não consigo recordar-me da luz do sol
Não consigo concertar o que tu quebraste.
Tu tens sempre uma razão
E eu tenho outra vez esta sensação
As folhas mudaram de cor
E está sendo demasiado
Sim, é demasiado tarde
Para recomeçar novamente.
É um Inverno permanente para nós.
7.3.08
Tardes imprevistas
“Vivo sempre no presente.
O futuro, não o conheço.
O passado, já não o tenho.
Pesa-me um como a possibilidade de tudo,
O outro como a realidade de nada.
Não tenho esperança nem saudades...
...que posso presumir da minha vida
De amanhã, senão que
Será o que não presumo, o que não quero,
O que me acontece de fora,
Até através da minha vontade...
...não quero mais da vida do que
Senti-la perder-se
Nestas tardes imprevistas.”
O futuro, não o conheço.
O passado, já não o tenho.
Pesa-me um como a possibilidade de tudo,
O outro como a realidade de nada.
Não tenho esperança nem saudades...
...que posso presumir da minha vida
De amanhã, senão que
Será o que não presumo, o que não quero,
O que me acontece de fora,
Até através da minha vontade...
...não quero mais da vida do que
Senti-la perder-se
Nestas tardes imprevistas.”
Fernando Pessoa
Simplificando
olhares.com
Todos os dias me re-invento para poder continuar a viver. E o Amor é assim também. Sempre novo a cada manhã, e por isso sempre igual a si mesmo, na sua constância. Um Amor maior. Um amor que nos faz querer ser melhores. Um Amor que alimenta a esperança. É desse Amor que sinto falta. E é esse Amor que me mantém viva.
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