A lua gravita à tua volta Mas as estações do ano não passam por ti Não, eu nunca fui capaz de mentir No entanto tu mentiste-me todos estes anos Porquê? Porque reajes com essa estúpida indiferença? Porquê? Tu sabes que eu tenho razão Por que desisto? Dói e eu não consigo recordar-me da luz do sol Não consigo concertar o que tu quebraste. Tu tens sempre uma razão E eu tenho outra vez esta sensação As folhas mudaram de cor E está sendo demasiado Sim, é demasiado tarde Para recomeçar novamente. É um Inverno permanente para nós.
“Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já não o tenho. Pesa-me um como a possibilidade de tudo, O outro como a realidade de nada. Não tenho esperança nem saudades... ...que posso presumir da minha vida De amanhã, senão que Será o que não presumo, o que não quero, O que me acontece de fora, Até através da minha vontade... ...não quero mais da vida do que Senti-la perder-se Nestas tardes imprevistas.”
Todos os dias me re-invento para poder continuar a viver. E o Amor é assim também. Sempre novo a cada manhã, e por isso sempre igual a si mesmo, na sua constância. Um Amor maior. Um amor que nos faz querer ser melhores. Um Amor que alimenta a esperança. É desse Amor que sinto falta. E é esse Amor que me mantém viva.