13.1.08

Eu só queria poder esquecer que tu existes em mim.

Queria poder arrancar aquela parte de mim que tem a tua marca, como uma tatuagem gravada a ferro e fogo com lágrimas e dor.

Porque dói, sim.
Ainda e sempre.
É uma dor permanente, crónica já.
Por ser constante, na maior parte do tempo já nem reparo.
Mas depois, de repente, não sei bem porquê (ou talvez até saiba), sinto-te, e a dor torna-se presente, novamente.

Existes em mim permanentemente, como o sangue que me corre nas veias.
Sinto-te no mais profundo do meu ser, num sítio que nem eu sabia que existia.
Mesmo longe, no espaço e no tempo, continuo a sentir-te...eternamente.


Como é suposto eu viver o resto da minha vida contigo longe e distante de mim?

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